Implante biodegradável de dexametasona é incorporado ao SUS

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde – CONITEC, recomendou a incorporação do Implante biodegradável de dexametasona ao Sistema Único de Saúde para o tratamento de edema macular diabético.

O edema macular diabético (EMD) é uma condição associada a retinopatia diabética e é a principal causa de comprometimento da acuidade visual em pacientes com diabetes. Caracteriza-se como uma disfunção vascular (inflamação que leva ao  edema da mácula ocular, perda de pericitos e ruptura da barreira hemato-retiniana). Embora assintomática a princípio, logo o paciente passa a apresentar visão embaçada e distorcida, evoluindo a cegueira, caso não seja tratado adequadamente. 

Atualmente, no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), as terapias disponíveis são baseadas na fotocoagulação a laser e no uso dos agentes anti-VEGF (ranibizumabe e aflibercepte).

O implante biodegradável de dexametasona foi incorporado para casos onde ocorra falha às terapias de 1ª linha. O implante biodegradável de dexametasona sofre degradação lenta com liberação controlada do fármaco por difusão de modo bifásico, facilitando a eficácia continuada do tratamento. Além disso, uma vez que o implante é biodegradável, implantes subsequentes podem ser inseridos sem a necessidade de remoção cirúrgica do implante pré-existente.

A incorporação do implante biodegradável de dexametasona vai favorecer o acesso a uma alternativa terapêutica para pacientes com EMD que não respondem à terapia com agente anti-VEGF. Os estudos realizados envolvendo o implante biodegradável de Dexametasona demonstraram melhora significativa na visão e redução da espessura da retina em pacientes com deficiência visual devido ao edema macular diabético.

O INAFF incentiva a disseminação de informações sobre acesso a medicamentos no Sistema Único de Saúde.

Fonte: CONITEC

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