A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde – CONITEC recomendou a incorporação do medicamento pretomanida no Sistema Único de Saúde- SUS para pessoas diagnosticadas com tuberculose resistente à rifampicina (TB RR), tuberculose multidroga resistente (TB MDR) e pré-extensivamente resistente a medicamentos (TB pré-XDR).
A tuberculose é um grave problema de saúde pública. Caracteriza-se como uma doença infecciosa que acomete principalmente o pulmão e é causada pelo Mycobacterium tuberculosis. O esquema terapêutico de primeira linha envolve quatro medicamentos: rifampicina, isoniazida, etambutol e pirazinamida (Esquema RIPE), utilizados por seis meses. Contudo, há muitos casos de resistência ao principal fármaco de tratamento, a rifampicina, o que é um contribuinte para a alta taxa mundial de insucesso da terapia (em torno de 15%).
Nessas situações recorre-se a agentes de segunda linha em combinação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) recomendam esquemas em que seja utilizado a pretomanida.
A pretonamida é um medicamento antimicobacteriano que age através da inibição da biossíntese do ácido micólico da parede celular através de um mecanismo molecular ainda não caracterizado. Há dois esquemas com pretonamida: o BPaL (bedaquilina, pretomanida e linezolida) e o BPaLM (bedaquilina, pretomanida, linezolida e moxifloxacino), ambos com períodos de tratamento encurtado em relação ao esquema RIPE e outros de segunda linha.
A decisão de recomendação da incorporação foi emitida considerando os benefícios na terapia dos pacientes e a economia no impacto orçamentário em 5 anos.
Fonte: Conitec