No dia 16 de março, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou que fosse encaminhado à consulta pública três tecnologias para o tratamento de pessoas vivendo com HIV. O parecer inicial foi favorável à incorporação no SUS e, entre os pontos de avaliação, está evitar a resistência viral, o que facilita a adesão ao tratamento.
As três tecnologias são:
– Darunavir 800mg: indicação recomendada para pacientes vivendo com HIV, em falha virológica ao esquema de primeira linha e sem mutações que conferem resistência ao darunavir.?
– Dolutegravir 5 mg?: O medicamento vem como tratamento complementar ou substitutivo em crianças com HIV de 2 meses a 6 anos de idade.
– Raltegravir 100mg granulado?: A indicação de uso é para profilaxia da transmissão vertical do HIV (ocorre da mãe para o feto ainda no período de gestação, durante o parto ou na amamentação do bebê.) em crianças em alto risco de exposição ao HIV. Todas as crianças nascidas de mães vivendo com HIV devem receber antirretroviral (ARV) como medida profilática para transmissão vertical.
Atualmente, no Brasil, para os casos em início de tratamento, o esquema inicial preferencial deve ser a associação de dois ITRN/ITRNt – lamivudina (3TC) e tenofovir (TDF) – associados ao inibidor de integrase (INI) – dolutegravir (DTG). Exceção a esse esquema deve ser observada para os casos de coinfecção TB-HIV, MVHIV com possibilidade de engravidar e gestantes.
HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças.Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas através de secreções como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
O tratamento ajuda a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, o uso regular dos antirretrovirais (ARV) é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas.
A Comissão disponibilizará suas recomendações em consulta pública por um prazo de 20 dias para o envio das contribuições. Os avisos das consultas serão publicados no Diário Oficial da União.
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Fonte: Conitec