Reunião da Conitec valida atualização das diretrizes para Doença Falciforme

Durante a 19ª Reunião Extraordinária da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) que ocorreu no dia 13 de agosto, o Comitê de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) apreciou as contribuições de consulta pública do PCDT da Doença Falciforme, concluindo sua recomendação final para a atualização do PCDT.

A atualização apareceu com a necessidade de se incrementar parâmetros sobre a doença falciforme no Brasil e diretrizes nacionais para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduos com esta doença. Esse novo PCDT  incluirá duas tecnologias recentemente incorporadas ao SUS, a alfaepoetina e uma nova apresentação da hidroxiureia (100 mg) com a ampliação de uso deste último medicamento para pacientes pediátricos a partir de 9 meses de idade. Essa atualização beneficiará pacientes pediátricos e aqueles pacientes com doença falciforme apresentando declínio da função renal e piora dos níveis de hemoglobina, com o uso da alfaepoetina.

Além disso, a atualização do PCDT visa unificar em um único documento as novas incorporações, e a indicação e ampliação de transplante alogênico no tratamento da doença falciforme, como estabelecido pela Portaria SCTIE/MS nº 30, de 30 de junho de 2015.

O que é a doença falciforme?

A doença falciforme é uma condição genética autossômica recessiva resultante de defeitos na estrutura da hemoglobina (Hb). Altera-se então a forma eritrocitária (que normalmente é um disco bicôncavo) para uma estrutura que lembra uma foice: fenômeno da eritrofalciformação. As células morrem prematuramente, causando uma escassez de glóbulos vermelhos saudáveis (a anemia), e podem obstruir o fluxo sanguíneo, causando dor (crise de dor).

Como é tratada a doença falciforme no SUS?

A hidroxiuréia é o principal tratamento farmacológico para a doença falciforme, atuando na inibição da enzima ribonucleotídeo redutase. Isso leva a um aumento da produção de HbF, hidratação do glóbulo vermelho e da taxa hemoglobínica, além da diminuição da hemólise e maior produção de óxido nítrico.

O INAFF apoia e promove a disseminação de informações sobre acesso à saúde no Brasil.

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