A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) recomendou a incorporação de novas opções de tratamento para pessoas com doença falciforme no SUS.
No último dia 01/02/2024, após consulta pública sobre o tema, a Conitec recomendou a incorporação das seguintes terapias no manejo da doença falciforme:
- Hidroxiureia 100mg para o tratamento de pacientes com doença falciforme com pelo menos 9 meses de idade;
- Hidroxiureia para o tratamento de pacientes com doença falciforme (SS, Sbeta0 e SD Punjab), entre 9 e 24 meses de idade, sem sintomas e complicações;
- Alfaepoetina para o tratamento de pacientes com doença falciforme apresentando declínio da função renal e piora dos níveis de hemoglobina.
O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença, do ano de 2018, já incluía a hidroxiureia (500 mg) como alternativa terapêutica, além de outros medicamentos úteis na prevenção de infecções. Com a nova recomendação, amplia-se o público alvo e as alternativas para manejo da doença e de suas complicações.
A doença falciforme é uma condição genética hereditária que se caracteriza pela modificação no gene que produz a hemoglobina, resultando em hemoglobinas mutantes. A hemoglobina, proteína presente nas hemácias, é responsável por transportar oxigênio dos pulmões para o organismo. Alterações em sua estrutura irão resultar no prejuízo da sua função, com oxigenação insatisfatória dos tecidos. O tipo mais prevalente de doença falciforme é a anemia falciforme, caracterizada pela presença da forma HbSS. Outras hemoglobinas mutantes, em par com a hemoglobina S, constituem o grupo denominado Doença Falciforme.
No Brasil, estima-se que 60.000 a 100.000 pessoas apresentem a doença. A identificação precoce desses pacientes, realizada por exame de triagem neonatal, visa prevenir as complicações da doença e oferecer melhores opções de tratamento para o portador.
O INAFF realiza a divulgação sistemática de informações sobre incorporação de medicamentos no SUS.
Fonte: Conitec, Ministério da Saúde.