Pacientes com asma eosinofílica e HPN terão tratamento ampliado no SUS

Reunião da CIT discutiu pactuação do mepolizumabe e ravulizumabe no Sistema Único de Saúde (SUS)

Durante a 8ª reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), realizada na última semana em Brasília, foi pactuado o financiamento do mepolizumabe e do ravulizumabe no SUS. 

A reunião ocorre após atualização no tratamento da asma eosinofílica grave refratária, com ampliação do uso do mepolizumabe para pacientes entre 6 a 17 e após ampliação da linha terapêutica para pacientes com  Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN), que passarão a ter o ravulizumabe como nova opção de tratamento. 

No decorrer da apresentação, foi ressaltada a importância da assistência farmacêutica nos estados para melhoria do acesso aos pacientes que irão se beneficiar com esses tratamentos.

Conforme pactuação, o mepolizumabe integra o grupo 1B e o ravulizumabe foi incluído no grupo 1A do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF).

O que é asma eosinofílica grave refratária?

A asma eosinofílica grave refratária é uma condição rara sem cura definitiva. Tem início durante a infância e adolescência e está vinculada a outras condições alérgicas. No ano de 2023, 272.861 pacientes foram atendidos no CEAF com essa condição.

O mepolizumabe está disponível atualmente em duas apresentações: pó para solução injetável de 100 mg/mL e caneta aplicadora de 1 mL, destinadas a pacientes com mais de 12 anos. A apresentação de seringa preenchida com 0,4 mL permite o tratamento de pacientes entre 6 e 12 anos de idade, contribuindo para redução de internamentos hospitalares recorrentes.

O que é Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN)?

A Hemoglobinúria Paroxística Noturna é uma doença genética rara que acomete as células-tronco, caracterizada por anemia hemolítica. 

Com a incoporação do ravulizumabe, a administração do medicamento será feita a cada oito semanas. Além do aumento no prazo para administração do medicamento, comparado ao tratamento atual, a expectativa é ter economia de R$529 milhões nos próximos cinco anos com o novo tratamento. 

O INAFF apoia e promove a disseminação de informações sobre acesso à saúde no Brasil.

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