O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Hepatite B e Coinfecções no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, foi atualizado conforme Portaria SECTICS/MS nº 25, de 18 de maio de 2023.
A infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) é um grave problema de saúde pública com altas taxas de morbidade e mortalidade. Estima-se que no Brasil, aproximadamente 1,1 milhão de pessoas vivem com infecção crônica pelo HBV.
No SUS estão disponíveis para tratamento da hepatite B os medicamentos fumarato de tenofovir desoproxila (TDF), entecavir, tenofovir alafenamida (TAF) e alfapeginterferona. O TDF é a opção terapêutica preferencial para os pacientes com hepatite B por apresentar maior potência antiviral e barreira genética e perfil de segurança bem definido (até mesmo em mulheres gestantes).
A Alfapeginterferona (?pegINF) é uma citocina com propriedades antivirais. Seu uso no tratamento da hepatite B objetiva um controle imunológico duradouro do vírus. Suas vantagens, em relação aos análogos, são a possibilidade de terapia com duração limitada (48 semanas) e a ausência de risco de desenvolvimento de resistência antiviral.
O novo protocolo traz a incorporação do tenofovir alafenamida (TAF) para tratamento de adultos com infecção pelo vírus da hepatite B, sem cirrose ou com cirrose compensada e unifica dois protocolos clínicos: o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções, publicado por meio da Portaria SCTIE/MS nº 43, de 07/12/2016, e o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Profilaxia da reinfecção pelo Vírus da Hepatite B Pós-transplante Hepático, publicado por meio da Portaria SAS/MS nº 469, de 23/07/2002.
Os critérios de inclusão, tratamento, monitorização e interrupção estão disponíveis no protocolo, que pode ser consultado no link https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/2023/copy_of_20230524_Relatrio_PCDT807HepatiteB_Final.pdf
FONTE: Portaria sectics/ms nº 25, de 18 de maio de 2023, CONITEC