Novo informe de MHT aponta potenciais tratamentos medicamentosos para Epidermólise Bolhosa.

Um novo informe de Monitoramento do Horizonte Tecnológico (MHT) traz informações promissoras sobre medicamentos para o tratamento da Epidermólise Bolhosa (EB), um grupo de doenças genéticas, não contagiosas, que comprometem a resistência da pele para estresse mecânico e levam à formação de bolhas após mínimos traumas. A doença afeta cerca de 500 mil pessoas em todo o mundo, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, segundo a Associação DEBRA, existem 802 pessoas diagnosticadas com EB.

O Monitoramento do Horizonte Tecnológico (MHT) é uma etapa específica no processo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), que tem como objetivo identificar tecnologias novas e emergentes e prever os impactos que essas possam causar no sistema de saúde. Nesse sentido o MHT auxilia o processo de incorporação, no que diz respeito à antecipação das demandas e a identificação de tecnologias que tenham custo financeiro viável para o sistema, mas também impacto favorável na prática clínica, na organização dos serviços e nos aspectos sociais e éticos associados à sua utilização.

O documento identificou avanços terapêuticos em desenvolvimento para a EB, uma vez que não existe, até o momento, um tratamento medicamentoso que mude o curso da doença. As nove tecnologias identificadas se encontram na fase 2 ou 3 de pesquisa clínica, sendo agentes modificadores do curso da doença, terapias celulares e gênicas, colágeno recombinante ou agentes químicos. Uma das tecnologias identificadas exibiu resultados mais avançados sobre eficácia, segurança e tolerabilidade, sendo observado fechamento completo da ferida-alvo, melhora do prurido e da carga total da ferida corporal, entre outros aspectos. Na avaliação de segurança, 41% dos 51 pacientes apresentaram algum evento adverso, não sendo relatados eventos graves.

Nenhum dos medicamentos listados no MHT possui registro nas agências Federal Drug Administration (FDA), European Medicines Agency (EMA) ou na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para que ocorra a oferta desses medicamentos no SUS, é necessária a análise pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
Espera-se que os resultados das novas tecnologias possam promover melhorias na qualidade de vida dos pacientes através do alívio da dor e da diminuição do agravamento das lesões e infecções podendo, também, impactar na diminuição do estigma social vivenciado por esses pacientes.

O informe completo encontra-se disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/radar/2022/20221103_Informe_MHTEpidermolise_bolhosa.pdf

Fonte: Ministério da Saúde

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