O Ministério da Saúde (MS) incluiu no Sistema Único de Saúde (SUS) a Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) como método de diagnóstico de hipertensão em adultos com suspeita da doença. Essa nova abordagem permite que o paciente leve um aparelho para casa e monitore sua pressão arterial ao longo do dia, proporcionando uma visão mais precisa de sua rotina e identificando os fatores que podem desencadear picos hipertensivos, entre outras situações relevantes.
A tecnologia passou por avaliação do Comitê de Produtos e Procedimentos da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que reconheceu os benefícios da MRPA, como a redução do tratamento desnecessário em casos de hipertensão do jaleco branco (quando a alteração na pressão arterial ocorre devido ao desconforto do paciente no ambiente médico e/ou na presença de um profissional de saúde), menor impacto financeiro e viabilidade de implementação, especialmente na atenção primária.
Para realizar o diagnóstico, é recomendado que a pressão arterial seja medida diariamente, de preferência por sete dias consecutivos, duas vezes ao dia. Além da medição da pressão arterial, o diagnóstico da hipertensão arterial envolve exames clínicos, laboratoriais e exames físicos, entre outros.
A hipertensão arterial é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, e está associada a uma redução significativa na expectativa e qualidade de vida dos indivíduos. No Brasil, a prevalência média de hipertensão em adultos é de 32%, podendo chegar a mais de 50% em indivíduos entre 60 e 69 anos e 75% em pessoas acima de 70 anos.
Essa nova abordagem da MRPA no SUS é um passo importante para o diagnóstico precoce e o controle eficaz da hipertensão arterial, permitindo uma intervenção adequada e reduzindo o impacto dessa doença na saúde da população brasileira.
Fonte: Ministério da Saúde