Hemoce passa a realizar teste de genotipagem para pacientes com doença falciforme em todo o país

A unidade da Secretaria da Saúde do Ceará iniciou um novo teste de genotipagem eritrocitária para pacientes com a doença falciforme, em parceria com o Ministério da Saúde, com o objetivo de oferecer um estudo mais detalhado das características do sangue desses pacientes. A determinação vai atender pessoas com a condição que são acompanhadas pelos hemocentros de todo o país.

Indivíduos que possuem a Doença Falciforme costumam realizar transfusões sanguíneas com frequência por conta da condição.A técnica por microarranjos vai tornar as transfusões sanguíneas mais seguras para os pacientes, além de auxiliar no gerenciamento de estoque de hemocomponentes dos hemocentros. Além da avaliação do tipo sanguíneo ABO, fenótipos de outros grupos sanguíneos e variações na sequência do DNA são avaliados pelo teste, permitindo uma melhor eleição de componentes para a transfusão, selecionando um doador com características sanguíneas mais semelhantes às do paciente.

O procedimento é feito sob demanda. Os serviços que atendem pessoas com esta condição devem acessar o site do Hemoce (https://www.hemoce.ce.gov.br/), conectar ao Apoio Diagnóstico e Terapêutico onde haverá o formulário de solicitação da genotipagem, que deve ser preenchido com os dados do paciente. Orientações de coleta e envio de amostras já estão inseridas no próprio formulário, além do e-mail do laboratório para esclarecimento de dúvidas. Os resultados serão enviados pelo e-mail do serviço solicitante que deverá ser informado no modelo.

O que é e como é tratada a Doença Falciforme?

A Doença Falciforme é uma hemoglobinopatia hereditária causada por uma alteração genética que provoca má-formação nos eritrócitos. Com essa alteração, as células que antes eram arredondadas e maleáveis passam a ter um formato de meia lua ou foice, impedindo a circulação de sangue e oxigênio para tecidos e órgãos.

O diagnóstico ocorre pelo teste do pezinho realizado nos primeiros dias de vida das crianças, ou pelo exame de sangue eletroforese de hemoglobina em crianças de 6 meses e em adultos.

O tratamento da doença falciforme é feito tanto de forma não medicamentosa, quanto através de medicamentos, conforme preconizado no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença Falciforme (PCDT). Entre as formas medicamentosas há a terapia envolvendo prevenção de crises e complicações por meio da hidroxiuréia, tratamento de infecções com antimicrobianos, suplementação com ácido fólico, analgesia para dor crônica e suplementação de ferro.

O INAFF apoia e promove a disseminação de informações sobre acesso à saúde no Brasil.

Referência: Conass

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