Na 15ª Reunião Extraordinária da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde – CONITEC, a Comissão recomendou a incorporação do medicamento cladribina oral no Sistema Único de Saúde. O medicamento é indicado para tratamento da esclerose múltipla remitente-recorrente (EMRR) altamente ativa, sendo mais uma opção terapêutica para esta doença. A decisão de recomendação da incorporação foi emitida após retorno das contribuições de consulta pública, análises de custos-efetividade e impacto orçamentário.
A cladribina (Mavenclad®) é um medicamento antineoplásico e antimetabólico que tem ação terapêutica contra a esclerose múltipla remitente-recorrente altamente ativa através da destruição dos linfócitos B e T, células do sistema de defesa do organismo envolvidas nos processos inflamatórios da doença.
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune inflamatória e neurodegenerativa em que ocorre desmielinização dos neurônios do Sistema Nervoso Central (SNC). A Esclerose Múltipla do tipo Remitente Recorrente é caracterizada por episódios de piora aguda do estado neurológico com recuperação total ou parcial e sem progressão aparente da doença. A doença é mais frequente em mulheres e estima-se que acomete entre 2 e 2,5 milhões de pessoas no mundo.
Como opções terapêuticas para EMRR altamente ativa já disponíveis no SUS têm-se Natalizumabe( 1º linha), Alentuzumabe (2ª linha). O natalizumabe é administrado mensalmente, via intravenosa. A incorporação da cladribina representa um ganho para o tratamento dos pacientes com EMRR altamente ativa. A apresentação oral oferece comodidade posológica aos pacientes.
O INAFF realiza a divulgação sistemática de informações sobre incorporação de medicamentos no SUS.
Fonte: CONITEC, ANVISA, OMS