A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recentemente recomendou a incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS) do medicamento tafenoquina para a cura radical da malária, juntamente com o teste que identifica os pacientes que podem fazer uso desse tratamento. A tecnologia demonstrou eficácia principalmente em populações vulneráveis, como aquelas localizadas em reservas indígenas e áreas de garimpo. A malária é uma doença infecciosa, febril, aguda e potencialmente grave, causada pelo parasita do gênero Plasmodium.
A avaliação da tafenoquina pela Conitec ocorreu em 2021, e a incorporação do medicamento estava condicionada à realização do estudo TRuST, desenvolvido pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), que coletou dados do mundo real durante 1 ano. Esse estudo revelou evidências de efetividade da tafenoquina, complementando avaliações anteriores.
O Monitoramento do Horizonte Tecnológico (MHT) não identificou nenhum outro medicamento emergente que pudesse ser utilizado como alternativa de tratamento para a população em um futuro próximo.
A tafenoquina é um medicamento de dose única indicado para a cura radical da malária causada pelo Plasmodium vivax em pacientes com 16 anos ou mais que estejam recebendo cloroquina como terapia para a infecção aguda. No processo de avaliação, a tafenoquina foi comparada à primaquina, já incorporada ao SUS.
Para a realização desse tratamento, é necessário realizar o teste quantitativo da atividade da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), uma vez que a tafenoquina pode causar a destruição dos glóbulos vermelhos, células responsáveis pelo transporte de oxigênio no corpo, em pessoas com deficiência da enzima G6PD, uma condição hereditária.
Fonte: Conitec Fiocruz