A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) abriu consulta pública com o objetivo de coletar contribuições da sociedade sobre a ampliação do uso de romosozumabe no tratamento da osteoporose grave para mulheres pós menopausa sem restrição de idade, em caso de falha terapêutica.1
→ O que é a Osteoporose Grave?
A osteoporose é uma doença metabólica caracterizada pela diminuição da massa óssea e pela deterioração da sua microarquitetura, com consequente aumento da fragilidade óssea e da susceptibilidade a fraturas. A categorização de risco da Osteoporose em mulheres pós menopausa é baseada no número de desvios-padrão abaixo do normal em comparação ao adulto jovem, conhecido como T-escore.2,3
→ Qual o tratamento preconizado para a doença no SUS?
O manejo da Osteoporose grave envolve o tratamento não farmacológico e farmacológico. O tratamento previsto no PCDT da doença para baixo risco de fraturas recomenda a reposição de cálcio e colecalciferol (vitamina D) associada ao uso de um bisfosfonato. Também estão indicados medicamentos como raloxifeno, calcitonina e estrógenos conjugados para casos específicos.3
Com a atualização do PCDT de osteoporose em 2023, houve a inclusão de novas tecnologias na linha de cuidado, incluindo o romosozumabe. Esse medicamento foi inicialmente incorporado para o tratamento de mulheres com osteoporose grave na pós-menopausa a partir de 70 anos com risco muito alto de fratura por fragilidade e que falharam (apresentaram duas ou mais fraturas) a outras terapias recomendadas pelo PCDT.3
→ Quais os benefícios do romosozumabe
Entre os benefícios do uso do romosozumabe estão a redução de fraturas osteoporóticas vertebrais e não vertebrais e aumento da densidade mineral óssea. O romosozumabe destaca-se pelo menor custo e maior comodidade posológica, sendo administrado uma vez ao mês por via subcutânea, em terapia finita, por 12 meses. 4
No momento, o Romosozumabe é o único imunobiológico incorporado e já disponibilizado aos pacientes para tratamento da osteoporose grave em mulheres na pós-menopausa, acima de 70 anos.4,5
Fique atento: as contribuições poderão ser feitas através do site https://www.gov.br/participamaisbrasil/consulta-publica-conitec-sectics-n-39-2024-romosozumabe até o dia 22 de julho de 2024.
Acesse a matéria completa no site: www.jaff.org.br
As consultas públicas são um mecanismo de participação social, de caráter consultivo e aberto a qualquer interessado sobre o tema.
→ Participe! A sua contribuição pode fazer a diferença no tratamento da Osteoporose Grave no SUS!
Referências
- CONITEC. Ampliação de uso do Romosozumabe para o tratamento de osteoporose grave. Disponível em: https://www.gov.br/participamaisbrasil/consulta-publica-conitec-sectics-n-39-2024-romosozumabe. Acesso em: 29 de junho de 2024.
- Cosman F, de Beur SJ, LeBoff MS, Lewiecki EM, Tanner B, Randall S, Lindsay R; National Osteoporosis Foundation. Clinician’s Guide to Prevention and Treatment of Osteoporosis. Osteoporos Int. 2014 Oct;25(10):2359-81. doi: 10.1007/s00198-014-2794-2. Epub 2014 Aug 15.
- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria conjunta SAES/SECTICS nº 19, de 28 de setembro de 2023. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Osteoporose. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/portariaconjuntano19pcdtosteoporose.pdf. Acesso em: 29 de junho de 2024.
- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Relatório de Recomendação. Ampliação de uso do romosozumabe e reavaliação da teriparatida para o tratamento de osteoporose grave. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/consultas/relatorios/2024/relatorio-preliminar-ampliacao-de-uso-do-romosozumabe-para-o-tratamento-de-osteoporose-grave. Acesso em: 29 de junho de 2024.
- Romosozumabe. [Bula]. Patheon Itália S.p.A.: Amgen Biotecnologia do Brasil Ltda. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?numeroRegistro=102440018. Acesso em: 29 de junho de 2024.