CNS debate desafios para o combate ao câncer infantojuvenil no contexto brasileiro

O câncer é a segunda causa de morte entre crianças e adolescentes no Brasil e a estimativa para incidência da doença entre 2023-2025 é preocupante, com previsão de 8 mil novos casos notificados neste período. O cenário foi apresentado durante a 355ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), realizada nos dias 12 e 13 de junho em Brasília.

O objetivo da reunião foi apontar os desafios para garantir o diagnóstico correto e precoce da doença, assegurando o acesso a tratamento e assistência, não só à criança, mas a toda a família que a acompanha. A meta é implementar uma política de atenção integral à saúde voltada especificamente para o câncer infantojuvenil.

Dados públicos extraídos do DataSUS, Registros Hospitalares de Câncer e Sistema de Informação sobre Mortalidade apontam que existem mais de 600 tipos de doenças oncológicas na faixa pediátrica, sendo que só para a leucemia existem 37 variações.

A grande maioria dos hospitais não atendem aos critérios da Portaria número 688 de 28 de agosto de 2023, que dispõe sobre a habilitação de estabelecimentos de saúde na alta complexidade em oncologia, e mesmo assim executam os processos específicos em Oncologia Pediátrica. Com isso se questiona a qualidade desse atendimento, visto que os hospitais de oncologia pediátrica passam por avaliações específicas e os não habilitados não foram avaliados seguindo tais critérios.

O maior desafio no momento é o acesso integral para esses pacientes, além da necessidade de ações para equiparar a possibilidade de sobrevida. 

O INAFF apoia e promove a disseminação de informações sobre acesso a medicamentos no Brasil.

Referência: Conselho Nacional de Saúde

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